Dra. Ananda Falcone
Neurologista
Diagnóstico e Tratamento Especializado para Tremor Essencial
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O que é Tremor Essencial?

O tremor essencial afeta cerca de 1% da população geral. Seu diagnóstico é clínico, ou seja, é feito através da história e exame físico por um médico treinado.
Os pacientes com tremor essencial apresentam um tremor de membros predominantemente ao realizar ações como beber, pegar objetos, escovar os dentes. Também pode apresentar em outras localidades como pescoço, lábios e fala.
Em geral os pacientes possuem forte história familiar, mas até o momento nenhum gene foi localizado como o causador da doença.
Atualmente existem diversos medicamentos que são utilizados para aliviar os sintomas e quando há uma melhora insuficiente podemos indicar terapias avançadas.
Entre elas a estimulação cerebral profunda (DBS) é a que apresenta melhor resposta (em média 80%) e melhor possibilidade de controle dos sintomas e efeitos colaterais a longo prazo. Além disso a terapia de Ultrassom focado e da estimulação magnética transcraniana (TMS) são terapias não invasivas e com uma resposta bastante satisfatória.
Existem tantas possibilidades de controle dos sintomas que é crucial manter o acompanhamento com seu neurologista para não deixar esse sintoma atrapalhar suas escolhas na vida diária.
Como é feito o diagnóstico de Tremor Essencial?

O diagnóstico de Tremor Essencial é feito pela avaliação do médico com experiência em distúrbios do movimento.
Essa condição é caracterizada por tremores rítmicos e involuntários que geralmente afetam as mãos, mas também podem atingir a cabeça, a voz ou até mesmo as pernas. Por se tratar de uma condição com sintomas que podem ser confundidos com outras doenças neurológicas, como o Parkinson, é essencial uma avaliação cuidadosa para garantir um diagnóstico preciso.
Durante a consulta, é explorado o histórico clínico e familiar do paciente. É importante avaliar se há familiares acometidos e medicações e tratamentos que o paciente já realizou na vida.
O exame neurológico detalhado é a base do diagnóstico. Nesse momento, o especialista avalia a presença, a intensidade e as características do tremor, como a frequência e a amplitude, além de observar se ele ocorre em repouso, durante a execução de tarefas ou em situações de sustentação postural. Testes simples, como pedir ao paciente que segure um objeto leve, desenhe uma espiral ou escreva, são frequentemente utilizados para avaliar os tremores de maneira prática e objetiva.
Embora o diagnóstico de Tremor Essencial seja essencialmente clínico, exames complementares podem ser necessários para excluir outras condições neurológicas que podem causar tremores, como o Parkinson, distúrbios metabólicos ou efeitos colaterais de medicamentos. Em alguns casos, exames de neuroimagem, como ressonância magnética ou eletroneuromiografia, são solicitados, não para confirmar o diagnóstico de Tremor Essencial, e sim para descartar outras causas.
Por fim, vale ressaltar que o diagnóstico precoce é fundamental para orientar o tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida do paciente. O Tremor Essencial não é uma condição degenerativa ou fatal, mas pode impactar significativamente a rotina, e o acompanhamento médico especializado é essencial para garantir um manejo eficaz dos sintomas.
Quais são os tratamentos de Tremor Essencial?

O tratamento do Tremor Essencial é cuidadosamente individualizado, considerando as necessidades e particularidades de cada paciente. O objetivo principal é reduzir os sintomas que mais interferem na rotina e melhorar a funcionalidade, permitindo que o paciente recupere sua qualidade de vida.
Para pacientes com sintomas leves, mudanças simples no estilo de vida podem ser suficientes, como a redução do consumo de cafeína, manejo do estresse e a adoção de hábitos saudáveis. No entanto, quando os sintomas começam a impactar o dia a dia, é necessário recorrer a opções terapêuticas mais específicas.
O arsenal de tratamento inclui medicações orais e abordagens avançadas de neuromodulação. Dentre as opções disponíveis estão:
• Medicações orais: Utilizadas como primeira linha, ajudam a reduzir a intensidade dos tremores e são eficazes na maioria dos casos iniciais.
• Neuromodulação:
◦ Talamotomia: Procedimento cirúrgico que trata áreas específicas do cérebro para reduzir os tremores.
◦ Estimulação Cerebral Profunda (DBS): Técnica que utiliza eletrodos implantados no cérebro para modular as áreas responsáveis pelos tremores.
◦ Ultrassom Focado de Alta Intensidade (HIFU): Tecnologia não invasiva que realiza ablação térmica em alvos precisos do cérebro.
◦ Estimulação Magnética Transcraniana (EMT): Terapia não invasiva que utiliza campos magnéticos para estimular ou inibir regiões cerebrais associadas aos sintomas.
Cada uma dessas opções é personalizada de acordo com a gravidade dos sintomas, as expectativas e a fase de vida do paciente. As terapias de neuromodulação, em particular, são geralmente indicadas para aqueles que apresentam resposta insuficiente às medicações orais. Estas abordagens oferecem taxas de melhora variáveis, mas em muitos casos podem alcançar até 80% de redução nos sintomas.
O sucesso do tratamento depende de uma avaliação cuidadosa e de um acompanhamento contínuo com o especialista, garantindo que as intervenções escolhidas estejam alinhadas com os objetivos do paciente.
Novo tratamento para Tremor Essencial

Uma nova técnica aprovada pela FDA para o tratamento de tremor essencial é o Ultrassom focado.
Ele consiste em aplicar ondas acústicas em regiões de interesse no cérebro visando causar uma pequena lesão controlada em células que estão disfuncionais, interrompendo sinalizações anormais no cérebro e assim melhorando os sintomas.
O alvo é previamente milimetricamente calculado utilizando exames de imagem do paciente. No dia, o procedimento é realizado com o paciente acordado e durante todo o procedimento é acompanhado por um neurologista verificando a cada passo a melhora do tremor.
Essa técnica permite tratar apenas um lado, porém já existem evidências de que se pode realizar o tratamento em fases, tratando o outro lado após um período de tempo.
Essa técnica não é superior ao tratamento com o DBS, no entanto pode ser uma alternativa a pacientes que por algum motivo não queiram ou não possam realizar a cirurgia de DBS.
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Tremor essencial aumenta risco de desenvolver Doença de Parkinson?

Essa é uma questão ainda sem uma resposta clara, mas alguns pacientes inicialmente diagnosticados com Tremor Essencial apresentam Doença de Parkinson com o passar dos anos.
Os estudos populacionais mostram que há uma maior prevalência de diagnóstico de Doença de Parkinson em pacientes previamente com Tremor Essencial.
No entanto, há dúvidas se esse aumento se dá por algum subtipo de tremor essencial no qual o risco de Parkinson seja aumentado, ou se alguns pacientes com Parkinson apresentam o início dos sintomas com o tremor e depois desenvolvem os demais sintomas motores.
Sabe-se, no entanto, que os pacientes, que apresentam uma associação de Doença e Parkinson com Tremor Essencial apresentam uma evolução mais benigna da Doença de Parkinson.
Atualmente não existe nenhum exame que prediga se um paciente com tremor essencial está em risco ou não de evoluir com Doença de Parkinson. A recomendação é que os pacientes devem ter seu acompanhamento rotineiro com o neurologista especialista em distúrbios do movimento e manter hábitos de vida saudáveis.
Referência
Tarakad, A. and Jankovic, J., 2018. Essential Tremor and Parkinson’s Disease: Exploring the Relationship. Tremor and Other Hyperkinetic Movements, 8(0), p.589.DOI: https://doi.org/10.5334/tohm.441
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